segunda-feira, 12 de novembro de 2012

PROFESSOR PESQUISADOR: UM OLHAR PARA A INCLUSÃO



PROFESSOR PESQUISADOR: UM OLHAR PARA A INCLUSÃO
DESCOVI, Tereza do Carmo Sampaio[1]
 RESUMO: O presente artigo tem por objetivo mostrar que todo professor deve ser um professor-pesquisador, sendo que neste artigo se teve um olhar para a inclusão de estudantes com necessidades especiais por se considerar importante este assunto dentro do contexto educacional, também, o presente trabalho trilhou pelo caminho da construção da trajetória profissional do profissional que atua em sala de aula, como sendo um processo de construção à prática do cotidiano. Pode-se destacar que todo professor atualizado deve ser conhecedor de diversos assuntos ligados ou não à educação, pois a necessidade de novos conhecimentos é uma realidade a ser enfrentada em sala de aula. A metodologia utilizada neste trabalho foi a bibliográfica, percorrendo em autores que tratam do referido assunto.
 Palavras-chave: Professor; Educação; Conhecimento; Inclusão.

Há de ser considerado que para a regência em sala de aula deve-se pautar pela boa informação ao estudante, bem como, que esta seja a de qualidade, pois se sabe que todo educar está para colaborar com na formação do estudante. Neste sentido, se faz oportuno destacar que todo professor deve estar “permeado” de informações atualizadas, logo, ele deve ser um pesquisador em diversas áreas que possam acrescentar algo de novo á educação a que se propõe ensinar.
Portanto, este artigo tem o objetivo de mostrar que neste período contemporâneo há a necessidade de se pesquisar para atuar em sala de aula, mas que esta pesquisa deve estar com “olhares” para a inclusão educacional, pois se vive uma época de “inclusão” para reparar exclusões passadas dentro da área educacional.
Desta forma, deve-se conceituar que o professor pode ser definido como o profissional que ministra aula, relaciona ou instrumentaliza os alunos para as aulas ou cursos em todos os níveis educacionais, mas, o professor pesquisador é aquele que exerce a atividade de buscar, reunir informações sobre um determinado problema ou assunto e analisá-las, utilizando o método com a intenção de aumentar o conhecimento de determinado assunto ou até mesmo descobrir algo novo.
Sabe-se que a possibilidade da associação das atribuições dessas atividades e a literatura que trata sobre a formação do professor-pesquisador vêm crescendo em volume de discussões, mesmo tratando-se de atividades de certa forma distintas: o professor com um foco direto no que diz respeito às suas necessidades e o pesquisador com sua característica mais analítica (SANTOS, 2004, p.12).
Pode-se dizer que existe um grupo que defende a idéia de que a atividade de ensinar é distinta da atividade de pesquisar e devem ser desenvolvidas em formações diferentes, como os que afirmam que:
[...] o professor e o pesquisador têm trajetórias profissionais distintas e, portanto, a formação desses profissionais deve estar voltada para o desenvolvimento de competências compatíveis com o exercício de cada uma dessas funções (SANTOS, 2004, p.14).
 Mas, há aqueles que são defensores da pesquisa como elemento essencial no trabalho docente e, conseqüentemente, nesta visão, os cursos de formação docente devem voltar seus currículos para a preparação dos professores para o exercício dessa atividade (SANTOS, 2004, p.15).
Contudo, pode-se levar em conta que a preocupação com a formação do professor-pesquisador e sua futura atuação, estaria fundamentada na intenção de tirar a educação apenas da transmissão do conhecimento já formulado, sendo que a pesquisa iria possibilitar aos professores, exercerem um trabalho com os alunos, que vise à formulação de novos conhecimentos ou o questionamento dos já existentes. O que pode ser entendido que o papel do pesquisador ou do professor-pesquisador deve estar relacionado ao contexto e às práticas pedagógicas e de ensino, então, a ação reflexiva sobre a prática docente e a importância da utilização da pesquisa para tal, terá um sentido, assim, seria uma trajetória pessoal em um processo de construção.
Para auxiliar o professor no trabalho docente com alunos com necessidades especiais, o poder público lança cursos, programas, a exemplo: Ensino da Língua Brasileira de Sinais (Libras), do Código Braile, do uso de recursos de informática e outras ferramentas tecnológicas, além, das linguagens que precisam estar disponíveis nas escolas comuns para o atendimento com aos alunos com deficiência, assim, é também, uma forma de entendimento que todo professor tem que estar atuando em busca de novas informações sobre a educação e as próprias perspectivas que acontecem na atualidade.
Portanto, o professor-pesquisador, no que se refere ao aspecto pedagógico, considerando as responsabilidades de ensino, é importante apontar que a sociedade coloca, prioritariamente, a formação que permite aos profissionais examinarem os problemas ou temas sob vários aspectos, incluindo-os em situações variadas, estabelecendo diferentes relações capazes de levar o conceito e evitar a rigidez de definições estáticas, esterilizadoras da capacidade de pensar, desta forma, mostra-se a necessidade da pesquisa enquanto profissional da educação.
Desta maneira, a reflexão sobre a prática e teorias embasadoras são entraves que dificultam o trabalho do professor que não está atualizado, levando-o, a buscar critérios menos estafantes para a própria prática por meio da pesquisa e novas formas de atuação em sala de aula. Pois, para uma nova sociedade é importante que haja projetos com dimensões solidárias que tenham visão do bem coletivo, como elementos fundamentais da realização individual.
Sabe-se que o embasamento teórico oferecido aos profissionais em educação, as condições para que os profissionais trabalhem o cotidiano do aluno oferecendo encaminhamentos metodológicos abrangentes e estratégias didáticas pedagógicas democráticas, deverão ser capazes de oportunizar ao educando condições de aprendizagem. Estas devem satisfazer a própria trajetória social, no sentido de o próprio professor se tornar um participante do próprio processo de aprendizagem.
Assim, é preciso refletir sobre o direito que assiste a todo ser humano, decidir qual é a melhor maneira de conviver com o outro, sem que para isso tenha que ser igual ao outro, esse é um direito que deve ser respeitado por todos sem exceção. Respeitar as diferenças, aceitar o outro como ele é, entender que o problema não é ele a partir de conceitos que foram estabelecidos num dado momento em que a cultura introjetou pensamentos e ações com relação ao “diferente”, por exemplo, e que agora se faz importante saber mais para atuar melhor em sala de aula.
 REFERÊNCIAS
 BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais. Vol. 01 Brasília: MEC/SEF, 1997.
 CARVALHO, Rosita Edler. Educação Inclusiva. 5. ed. Rio de Janeiro/Rj, 2004.
 Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), 1996.
 MARCONDES, A. Júnior. A psicopedagogia no Brasil. Porto Alegre: Artmed, 2000.
 MANTOAN, Maria Teresa Eglér. Mobilidade, comunicação e educação: desafios à acessibilidade. Rio de Janeiro: WVA Editora, 1999.
 SANTOS, L. C. P. Dilemas e perspectivas na relação entre ensino e pesquisa. Campinas: Papirus, 2004.
 SASSAKI, Romeu K. Inclusão: construindo uma sociedade para todos. Rio de Janeiro: WVA Editora, 1999.

[1]Formada em Pedagogia e Pós-Graduada em Psicopedagogia.

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