PROFESSOR
PESQUISADOR: UM OLHAR PARA A INCLUSÃO
DESCOVI, Tereza do Carmo Sampaio[1]
RESUMO: O presente artigo tem por objetivo
mostrar que todo professor deve ser um professor-pesquisador, sendo que neste
artigo se teve um olhar para a inclusão de estudantes com necessidades
especiais por se considerar importante este assunto dentro do contexto
educacional, também, o presente trabalho trilhou pelo caminho da construção da
trajetória profissional do profissional que atua em sala de aula, como sendo um
processo de construção à prática do cotidiano. Pode-se destacar que todo
professor atualizado deve ser conhecedor de diversos assuntos ligados ou não à
educação, pois a necessidade de novos conhecimentos é uma realidade a ser
enfrentada em sala de aula. A metodologia utilizada neste trabalho foi a bibliográfica,
percorrendo em autores que tratam do referido assunto.
Palavras-chave: Professor;
Educação; Conhecimento; Inclusão.
Há de ser considerado que para a regência em sala de aula
deve-se pautar pela boa informação ao estudante, bem como, que esta seja a de
qualidade, pois se sabe que todo educar está para colaborar com na formação do
estudante. Neste sentido, se faz oportuno destacar que todo professor deve
estar “permeado” de informações atualizadas, logo, ele deve ser um pesquisador
em diversas áreas que possam acrescentar algo de novo á educação a que se
propõe ensinar.
Portanto, este artigo tem o objetivo de mostrar que neste
período contemporâneo há a necessidade de se pesquisar para atuar em sala de
aula, mas que esta pesquisa deve estar com “olhares” para a inclusão
educacional, pois se vive uma época de “inclusão” para reparar exclusões
passadas dentro da área educacional.
Desta forma, deve-se conceituar que o professor pode ser
definido como o profissional que ministra aula, relaciona ou instrumentaliza os
alunos para as aulas ou cursos em todos os níveis educacionais, mas, o
professor pesquisador é aquele que exerce a atividade de buscar, reunir
informações sobre um determinado problema ou assunto e analisá-las, utilizando
o método com a intenção de aumentar o conhecimento de determinado assunto ou
até mesmo descobrir algo novo.
Sabe-se que a possibilidade da associação das atribuições
dessas atividades e a literatura que trata sobre a formação do professor-pesquisador
vêm crescendo em volume de discussões, mesmo tratando-se de atividades de certa
forma distintas: o professor com um foco direto no que diz respeito às suas
necessidades e o pesquisador com sua característica mais analítica (SANTOS,
2004, p.12).
Pode-se dizer que existe um grupo que defende a idéia de que a atividade
de ensinar é distinta da atividade de pesquisar e devem ser desenvolvidas em
formações diferentes, como os que afirmam que:
[...] o professor e o pesquisador têm trajetórias profissionais
distintas e, portanto, a formação desses profissionais deve estar voltada para
o desenvolvimento de competências compatíveis com o exercício de cada uma
dessas funções (SANTOS, 2004, p.14).
Mas, há aqueles que são defensores da pesquisa como elemento essencial no
trabalho docente e, conseqüentemente, nesta visão, os cursos de formação
docente devem voltar seus currículos para a preparação dos professores para o
exercício dessa atividade (SANTOS, 2004, p.15).
Contudo, pode-se levar em conta que a preocupação com a formação do
professor-pesquisador e sua futura atuação, estaria fundamentada na intenção de
tirar a educação apenas da transmissão do conhecimento já formulado, sendo que
a pesquisa iria possibilitar aos professores, exercerem um trabalho com os
alunos, que vise à formulação de novos conhecimentos ou o questionamento dos já
existentes. O que pode ser entendido que o papel do pesquisador ou do
professor-pesquisador deve estar relacionado ao contexto e às práticas
pedagógicas e de ensino, então, a ação reflexiva sobre a prática docente e a
importância da utilização da pesquisa para tal, terá um sentido, assim, seria
uma trajetória pessoal em um processo de construção.
Para auxiliar o professor no trabalho docente com alunos com necessidades
especiais, o poder público lança cursos, programas, a exemplo: Ensino da Língua
Brasileira de Sinais (Libras), do Código Braile, do uso de recursos de
informática e outras ferramentas tecnológicas, além, das linguagens que
precisam estar disponíveis nas escolas comuns para o atendimento com aos alunos
com deficiência, assim, é também, uma forma de entendimento que todo professor
tem que estar atuando em busca de novas informações sobre a educação e as
próprias perspectivas que acontecem na atualidade.
Portanto, o professor-pesquisador, no que se refere ao aspecto
pedagógico, considerando as responsabilidades de ensino, é importante apontar
que a sociedade coloca, prioritariamente, a formação que permite aos
profissionais examinarem os problemas ou temas sob vários aspectos,
incluindo-os em situações variadas, estabelecendo diferentes relações capazes
de levar o conceito e evitar a rigidez de definições estáticas, esterilizadoras
da capacidade de pensar, desta forma, mostra-se a necessidade da pesquisa
enquanto profissional da educação.
Desta maneira, a reflexão sobre a prática e teorias embasadoras são
entraves que dificultam o trabalho do professor que não está atualizado,
levando-o, a buscar critérios menos estafantes para a própria prática por meio
da pesquisa e novas formas de atuação em sala de aula. Pois, para uma nova
sociedade é importante que haja projetos com dimensões solidárias que tenham
visão do bem coletivo, como elementos fundamentais da realização individual.
Sabe-se que o embasamento teórico oferecido aos profissionais em educação,
as condições para que os profissionais trabalhem o cotidiano do aluno
oferecendo encaminhamentos metodológicos abrangentes e estratégias didáticas
pedagógicas democráticas, deverão ser capazes de oportunizar ao educando
condições de aprendizagem. Estas devem satisfazer a própria trajetória social,
no sentido de o próprio professor se tornar um participante do próprio processo
de aprendizagem.
Assim, é preciso refletir sobre o direito que
assiste a todo ser humano, decidir qual é a melhor maneira de conviver com o
outro, sem que para isso tenha que ser igual ao outro, esse é um direito que
deve ser respeitado por todos sem exceção. Respeitar as diferenças, aceitar o
outro como ele é, entender que o problema não é ele a partir de conceitos que
foram estabelecidos num dado momento em que a cultura introjetou pensamentos e
ações com relação ao “diferente”, por exemplo, e que agora se faz importante
saber mais para atuar melhor em sala de aula.
REFERÊNCIAS
BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais. Vol.
01 Brasília: MEC/SEF, 1997.
CARVALHO, Rosita Edler. Educação
Inclusiva. 5. ed. Rio de Janeiro/Rj, 2004.
Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), 1996.
MARCONDES, A. Júnior. A
psicopedagogia no Brasil. Porto Alegre: Artmed, 2000.
MANTOAN, Maria Teresa Eglér. Mobilidade, comunicação e educação: desafios à acessibilidade.
Rio de Janeiro: WVA Editora, 1999.
SANTOS, L. C. P. Dilemas e perspectivas na relação entre ensino e pesquisa.
Campinas: Papirus, 2004.
SASSAKI, Romeu K. Inclusão:
construindo uma sociedade para todos. Rio de Janeiro: WVA Editora, 1999.
[1]Formada
em Pedagogia e Pós-Graduada em Psicopedagogia.