terça-feira, 23 de outubro de 2012

EDUCAÇÃO CIDADÃ: UMA NECESSIDADE CONTEMPORÂNEA

EDUCAÇÃO CIDADÃ: UMA NECESSIDADE CONTEMPORÂNEA
NEVES, Maria Júlia#

Pode-se dizer que cidadania é um trabalho que tem como desafio o estudo das questões sociais, com ênfase à Ética e Cidadania ativa, em um contexto social real que pode propiciar o desenvolvimento de atitudes e competências no entendimento do presente para uma projeção futura educacional que atenda, principalmente, aos estudantes do Ensino Médio, com o foco voltado para o entendimento da necessidade da Educação do cidadão em nossa sociedade. Tem como objetivo a realização de estudos que tragam a reflexão sobre o assunto a partir de princípios já existentes, estabelecendo relações e hierarquias entre esses valores no atual contexto social.
Desta forma, é necessário repensar direitos e deveres dentro da atual sociedade, pelo fato de que educar-se sobre o assunto é preciso e urgente, e por que não poderia ser considerado a escola como um meio de melhor informar sobre o assunto, que é atual e de relevância para todos. Considera-se de que o homem adquire experiências no contexto que se está inserido, então, que este tenha um bom contexto para que possa atuar melhor na sociedade, assim, o Projeto traz uma idéia inovadora de aprendizagem, assegurada pelos PCNs quando defende o Tema Transversal “Ética e Cidadania” e, pela atual prática inovadora de ensino-aprendizagem que se apresenta no nosso dia-a-dia.
Sabe-se que com o passar do tempo, as sociedades mudam e também mudam os homens que as compõem. Na Grécia antiga, por exemplo, a existência de escravos era perfeitamente legítima: as pessoas não eram consideradas iguais entre si, e o fato de umas não terem liberdade era considerado normal. Outro exemplo: até pouco tempo atrás, as mulheres eram consideradas seres inferiores aos homens, e, portanto, não merecedoras de direitos iguais (deviam obedecer aos seus maridos). Outro exemplo, ainda na Idade Média, a tortura era considerada prática legítima, seja para a extorsão de confissões, seja como castigo.
Nesta contemporaneidade, tal prática indigna a maioria das pessoas e é considerada imoral. Portanto, a moralidade humana deve ser enfocada no contexto histórico e social. Por consequência, um currículo escolar que leve em conta a Educação Cidadã como conteúdo importante, isto podendo ser trabalhado dentro do Tema Transversal “Cidadania”, considerando a ética, que pede uma reflexão sobre a sociedade contemporânea, na qual está inserida a escola; no caso, o Brasil do século XXI, se faz necessário.
Portanto, tal reflexão poderia ser feita de maneira antropológica e sociológica: conhecer a diversidade de valores presentes na sociedade brasileira. No entanto, por se tratar de uma referência curricular nacional que objetiva o exercício da cidadania, é imperativo a remissão à referência nacional brasileira: a Constituição da República Federativa do Brasil, promulgada em 1988. Nela, encontram-se elementos que identifica questões morais. Por exemplo, o art.1º traz, entre outros, a dignidade da pessoa humana, com a idéia de que todo ser humano, sem distinção, merece tratamento digno que corresponde a um valor moral. Segundo esse valor, a pergunta de como agir perante os outros recebe uma resposta precisa: agir sempre de modo a respeitar a dignidade, sem humilhações ou discriminações em relação a sexo ou etnia.
Assim, tais valores representam base para escolha de conteúdos do tema, porém, devem ser enfatizados o que pode ser chamado de “núcleo” moral de uma sociedade, ou seja, valores eleitos como necessários ao convívio entre os membros de uma sociedade; o respeito justamente ao caráter democrático da sociedade brasileira; ao que se refere ao caráter abstrato dos valores. Ética trata de princípios e não de mandamentos, supõe que o homem deva ser justo, vivendo direitos e deveres plenamente.
Mas, será que cabe à escola empenhar-se nesta formação? Na história educacional brasileira, a resposta foi, em várias épocas, positiva. Porém, o fato de, historicamente, verificar-se a presença da preocupação com a formação moral do aluno ainda não é argumento bastante forte, porém a informação não deve a lê ser negada.
Mesmo reconhecendo tratar-se de uma questão polêmica, a resposta dada pelos Parâmetros Curriculares Nacionais é afirmativa: cabe à escola empenhar-se na formação moral de seus alunos (PCN, 2001). De fato, alguns poderão pensar que a escola, por várias razões, nunca será capaz de dar uma formação moral aceitável, isto, incluindo a educação do cidadão e, portanto, deve abster-se desta empreitada. Outros poderão responder que o objetivo da escola é de ensinar conhecimentos acumulados pela humanidade e não preocupar-se com uma formação mais ampla de seus alunos. Outros ainda, apesar de simpáticos à idéia de uma educação moral, poderão permanecer desconfiados ao lembrar a malfadada tentativa de se implantar aulas de Moral e Cívica no currículo.


REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
 
BARUFFI, Helder. Metodologia da Pesquisa: Manual para a elaboração da monografia. 3. ed. rev. e atual. Dourados: HB edit, 2002.
Parâmetros curriculares nacionais: apresentação dos temas transversais/Ministério da Educação. Secretaria da Educação Fundamental. Brasília: A Secretaria, 2001.
QUEIROZ, Tânia Dias. Pedagogia de projetos interdisciplinares. São Paulo: Rideel, 2001.
 

[1]Professora do Ensino Fundamental – anos iniciais – Graduada em Pedagogia e Pós-Graduada em Pscopedagogia com foco em sala de aula.

AVALIAÇÃO NA ENSINAGEM E APRENDIZAGEM DE JOVENS E ADULTOS: EM FOCO O ATO DE LER E ESCREVER

 
AVALIAÇÃO NA ENSINAGEM E APRENDIZAGEM DE JOVENS E ADULTOS: EM FOCO O ATO DE LER E ESCREVER

NEVES, Maria Júlia#


Neste Artigo se pretende evidenciar que existe um caminho, de uma alfabetização consciente, sem traumas e, de que ler e escrever, a partir do princípio construtivista, pode ser um caminho sem segredos para muitos educadores. Assim, o objetivo deste Artigo é destacar a idéia construtivista diante da leitura e da escrita, em uma visão sem preconceitos, para que se tenha mais uma alternativa a ser seguida diante do trabalhado dos educadores que atuam na Modalidade EJA.
Segundo Freire (1997) o bom professor é aquele que se coloca junto com o educando e procura superar com o educando o seu não saber e as suas dificuldades, com uma relação de trocas onde ambas as partes aprendem, assim, há uma grande preocupação com os processos de ensino e de aprendizagem por que passam as pessoas que frequentam a EJA, por exemplo, pois estão elas afastadas da realidade escolar, no entanto são pessoas que trazem conhecimentos que não podem ser desconsiderados nos bancos escolares. Há de ser considerado que a construção do aprendizado em alfabetização se faz melhor por meio de uma contextualização da leitura e da escrita porque desta maneira se considera a realidade do educando como forma acumulativa da aprendizagem, assim, não desprezando o que o educando da EJA traz consigo no que se refere ao conhecimento.
Segundo Rego (1980, p. 76) “a prática pedagógica na alfabetização vem sofrendo influência sobre o tema construtivista”. Valoriza o que os educandos conhecem ou o chamado conhecimento prévio, o que a criança traz de casa, assim, os conhecimentos são aproveitados para o uso da alfabetização. Neste sentido, trabalhar e avaliar na EJA é um tanto quanto desafiador, pois envolve questões importantes aspectos como o social, o político e o educacional. É uma atividade complexa devido à evidência da grande heterogeneidade presente nessa modalidade de ensino, pois quem cursa esta modalidade são pessoas acima de quinze anos, estas, muitas vezes, excluídas da escola na infância, neste sentido, o contexto da EJA se dá por membros de diversos grupos culturais. Desta forma, a escola voltada à Educação de Jovens e Adultos é, ao mesmo tempo, um local de confronto de culturas e um local de encontro de singularidades.
Portanto, se faz importante entender o processo de aquisição da escrita pelos jovens e adultos sob diferentes pontos de vista, como o ponto de vista mais comum, onde a escrita é imutável e deve se seguir o modelo "correto" do adulto já escolarizado e, o ponto de vista do trabalho de Emília Ferreiro, por exemplo, “onde a escrita é um objeto de conhecimento, levando em conta as tentativas individuais e, o ponto de vista da interação, o aspecto social da escrita, onde a alfabetização é um processo discursivo”. Cabe a nós pedagogos pensar nesses pontos de vista e construir o nosso (FERREIRO p.13, 1985).
Entende-se que a aprendizagem do jovem e do adulto deve ter sentido, ser um processo interativo e a escola tem que trabalhar com o contexto destes educandos, com histórias e com intervenções dos próprios envolvidos neste processo que podem aglutinar palavras, desde que essas palavras ou histórias façam algum sentido para eles em um paralelo co a realidade em que vivem. Os ‘erros’ dos educandos podem ser trabalhados, ao contrário do que a maioria dos educadores pensa, pois esses ‘erros’ demonstram uma construção e com o tempo vão diminuindo.
Sabe-se que o professor precisa criar em sala de aula um ambiente de aprendizagem, por sua vez não deixando de lado a realidade em que os educandos estão inseridos, deixando assim, sentirem-se com liberdade tendo no professor a confiança como um mediador, um facilitador da aprendizagem, como uma referência para o início de uma caminhada escolar que venha culminar com a caminhada social que todos já têm.
Ressalta-se que a organização do conhecimento deve ter foco na temática a ser desenvolvida levando em consideração a relação entre conceitos cotidianos e conceitos científicos. É necessário que haja espaço para momentos de diálogo entre alunos e também entre alunos e professores para discutirem as atividades e as situações de experiências vividas e a serem vividas. É preciso que se montem estratégias que possibilite a utilização do conhecimento até então adquirido pelos alunos, permitindo que os mesmos superem os seus fracassos anteriores.
Segundo Luckesi (2005):
A avaliação poderia ser compreendida como uma crítica do percurso de uma ação, seja ela curta, seja prolongada. Enquanto o planejamento dimensiona o que se vai construir, a avaliação subsidia essa construção, porque fundamenta novas decisões. (...) A avaliação será, então, um sistema de crítica do próprio projeto que elaboramos e estamos desejando levar adiante. (...) um ato de cuidado, pelo qual todos verificam como estão criando seu bebê e como podem trabalhar para que ele cresça (LUCKESI, 2005, 16).
É importante destacar que, mediante a prática pedagógica que não é mais a mesma desde o momento em que o professor está respaldado por um referencial teórico que tem no educando um parceiro do próprio conhecimento, a aprendizagem flui de forma natural e prazerosa. Assim, visualiza-se outro caminho, o caminho de uma prática diferenciada, onde o educando é um sujeito ativo e que enquanto professor se tem que considerar este contexto, incentivando e oportunizando o ler e o escrever contextualizado com a vida do educando, principalmente, em se tratando de educandos da EJA. Pois, acredita-se que seja dessa forma o melhor método de trabalho e forma de avaliação no que se refere à aprendizagem tanto na EJA como em qualquer outra modalidade de ensino.
Desta forma, é importante saber que a prática docente é a que dirige efetivamente caminhos a serem seguidos pelos educandos da EJA, principalmente, quanto aos atos de ler e de escrever, assim, o professor deverá mediar à aprendizagem e desta ação criar outra que é a de facilitar o avanço do educando, no sentido de contribuir para o enriquecimento destas duas fases importantes para qualquer educando possa ler e escrever com entendimento em uma avaliação diagnóstica e prognóstica.
 


REFERÊNCIA SBIBLIOGRÁFICAS

FERREIRO, Emília. Reflexões sobre alfabetização. 9 ed. São Paulo: Cortez, 1985.
Freire, Paulo Régis Neves. Pedagogia da autonomia. São Paulo: Editora Paz e Terra, 1997.
LUCKESI, Cipriano Carlos. Filosofia da Educação. Cortez Editora, São Paulo, 2005, 21ª reimpressão, 183 páginas.O livro foi escrito para compor a Coleção Magistério do 2º Grau, da Cortez Editora
REGO, Lúcia Lins Browne. A alfabetização numa perspectiva construtivista. 2 ed. São Paulo: Cortez, 1993.
ZACHARIAS, Vera Lúcia Camara F. Ler não é decifrar, escrever não é copiar. Publicado em 20/07/2004. Site: http://www.psicopedagogiabrasil.com.br/biografia_emiliaferreiro.htm acesso em 08 de junho de 2008.

[1]Professora do Ensino Fundamental – anos iniciais – Graduada em Pedagogia e Pós-Graduada em Pscopedagogia com foco em sala de aula.


 

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Parabéns Professor!

A você, Professor(a),
Um agradecimento especial pelo carinho
com que tem ensinado e orientado a
todos os seus alunos.
Que Deus o(a) ilumine sempre  e o(a) 
recompense por tanta dedicação!
Parabéns pelo seu Dia!!!

15 de outubro - Dia do Professor(a).

Show de Talentos

A escola realizou na Semana da Criança atividades diversificadas, promovendo a integração entre professor e aluno e toda a equipe da unidade.
Foram desenvolvidas gincanas, torneio interclasse e o Show de Talentos que apresentou músicas, danças e teatros desenvolvidos pelos alunos.
 

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Palestra Trânsito


A escola realizou nesta quinta - feira (04/10) uma palestra com o Instrutor Emídio da Auto Escola com as turmas do 6° ao 9° ano do ensino fundamental nos periodos matutino e vespertino sobre conscientização de comportamentos no transito.
A escola busca sempre transmitir noções de valores e respeito para a boa convivência na sociedade.

Desfile Cívco


A escola participou do Desfile Cívico em comemoração ao aniversário do município no dia 26 de setembro, no qual a cidade comemorou 83 anos de emancipação política. A escola apresentou o Projeto Arte na Escola Lígia, onde foram levados trabalhos desenvolvidos por alunos e professores, e um caminhão decorado com pinturas representando o muro da escola, que mostra desenhos diversos e frases motivacionais na area externa da escola.
Parabéns aos alunos participantes e a toda a equipe que participou e
colaborou para a realização do projeto.