segunda-feira, 12 de novembro de 2012

PROFESSOR PESQUISADOR: UM OLHAR PARA A INCLUSÃO



PROFESSOR PESQUISADOR: UM OLHAR PARA A INCLUSÃO
DESCOVI, Tereza do Carmo Sampaio[1]
 RESUMO: O presente artigo tem por objetivo mostrar que todo professor deve ser um professor-pesquisador, sendo que neste artigo se teve um olhar para a inclusão de estudantes com necessidades especiais por se considerar importante este assunto dentro do contexto educacional, também, o presente trabalho trilhou pelo caminho da construção da trajetória profissional do profissional que atua em sala de aula, como sendo um processo de construção à prática do cotidiano. Pode-se destacar que todo professor atualizado deve ser conhecedor de diversos assuntos ligados ou não à educação, pois a necessidade de novos conhecimentos é uma realidade a ser enfrentada em sala de aula. A metodologia utilizada neste trabalho foi a bibliográfica, percorrendo em autores que tratam do referido assunto.
 Palavras-chave: Professor; Educação; Conhecimento; Inclusão.

Há de ser considerado que para a regência em sala de aula deve-se pautar pela boa informação ao estudante, bem como, que esta seja a de qualidade, pois se sabe que todo educar está para colaborar com na formação do estudante. Neste sentido, se faz oportuno destacar que todo professor deve estar “permeado” de informações atualizadas, logo, ele deve ser um pesquisador em diversas áreas que possam acrescentar algo de novo á educação a que se propõe ensinar.
Portanto, este artigo tem o objetivo de mostrar que neste período contemporâneo há a necessidade de se pesquisar para atuar em sala de aula, mas que esta pesquisa deve estar com “olhares” para a inclusão educacional, pois se vive uma época de “inclusão” para reparar exclusões passadas dentro da área educacional.
Desta forma, deve-se conceituar que o professor pode ser definido como o profissional que ministra aula, relaciona ou instrumentaliza os alunos para as aulas ou cursos em todos os níveis educacionais, mas, o professor pesquisador é aquele que exerce a atividade de buscar, reunir informações sobre um determinado problema ou assunto e analisá-las, utilizando o método com a intenção de aumentar o conhecimento de determinado assunto ou até mesmo descobrir algo novo.
Sabe-se que a possibilidade da associação das atribuições dessas atividades e a literatura que trata sobre a formação do professor-pesquisador vêm crescendo em volume de discussões, mesmo tratando-se de atividades de certa forma distintas: o professor com um foco direto no que diz respeito às suas necessidades e o pesquisador com sua característica mais analítica (SANTOS, 2004, p.12).
Pode-se dizer que existe um grupo que defende a idéia de que a atividade de ensinar é distinta da atividade de pesquisar e devem ser desenvolvidas em formações diferentes, como os que afirmam que:
[...] o professor e o pesquisador têm trajetórias profissionais distintas e, portanto, a formação desses profissionais deve estar voltada para o desenvolvimento de competências compatíveis com o exercício de cada uma dessas funções (SANTOS, 2004, p.14).
 Mas, há aqueles que são defensores da pesquisa como elemento essencial no trabalho docente e, conseqüentemente, nesta visão, os cursos de formação docente devem voltar seus currículos para a preparação dos professores para o exercício dessa atividade (SANTOS, 2004, p.15).
Contudo, pode-se levar em conta que a preocupação com a formação do professor-pesquisador e sua futura atuação, estaria fundamentada na intenção de tirar a educação apenas da transmissão do conhecimento já formulado, sendo que a pesquisa iria possibilitar aos professores, exercerem um trabalho com os alunos, que vise à formulação de novos conhecimentos ou o questionamento dos já existentes. O que pode ser entendido que o papel do pesquisador ou do professor-pesquisador deve estar relacionado ao contexto e às práticas pedagógicas e de ensino, então, a ação reflexiva sobre a prática docente e a importância da utilização da pesquisa para tal, terá um sentido, assim, seria uma trajetória pessoal em um processo de construção.
Para auxiliar o professor no trabalho docente com alunos com necessidades especiais, o poder público lança cursos, programas, a exemplo: Ensino da Língua Brasileira de Sinais (Libras), do Código Braile, do uso de recursos de informática e outras ferramentas tecnológicas, além, das linguagens que precisam estar disponíveis nas escolas comuns para o atendimento com aos alunos com deficiência, assim, é também, uma forma de entendimento que todo professor tem que estar atuando em busca de novas informações sobre a educação e as próprias perspectivas que acontecem na atualidade.
Portanto, o professor-pesquisador, no que se refere ao aspecto pedagógico, considerando as responsabilidades de ensino, é importante apontar que a sociedade coloca, prioritariamente, a formação que permite aos profissionais examinarem os problemas ou temas sob vários aspectos, incluindo-os em situações variadas, estabelecendo diferentes relações capazes de levar o conceito e evitar a rigidez de definições estáticas, esterilizadoras da capacidade de pensar, desta forma, mostra-se a necessidade da pesquisa enquanto profissional da educação.
Desta maneira, a reflexão sobre a prática e teorias embasadoras são entraves que dificultam o trabalho do professor que não está atualizado, levando-o, a buscar critérios menos estafantes para a própria prática por meio da pesquisa e novas formas de atuação em sala de aula. Pois, para uma nova sociedade é importante que haja projetos com dimensões solidárias que tenham visão do bem coletivo, como elementos fundamentais da realização individual.
Sabe-se que o embasamento teórico oferecido aos profissionais em educação, as condições para que os profissionais trabalhem o cotidiano do aluno oferecendo encaminhamentos metodológicos abrangentes e estratégias didáticas pedagógicas democráticas, deverão ser capazes de oportunizar ao educando condições de aprendizagem. Estas devem satisfazer a própria trajetória social, no sentido de o próprio professor se tornar um participante do próprio processo de aprendizagem.
Assim, é preciso refletir sobre o direito que assiste a todo ser humano, decidir qual é a melhor maneira de conviver com o outro, sem que para isso tenha que ser igual ao outro, esse é um direito que deve ser respeitado por todos sem exceção. Respeitar as diferenças, aceitar o outro como ele é, entender que o problema não é ele a partir de conceitos que foram estabelecidos num dado momento em que a cultura introjetou pensamentos e ações com relação ao “diferente”, por exemplo, e que agora se faz importante saber mais para atuar melhor em sala de aula.
 REFERÊNCIAS
 BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais. Vol. 01 Brasília: MEC/SEF, 1997.
 CARVALHO, Rosita Edler. Educação Inclusiva. 5. ed. Rio de Janeiro/Rj, 2004.
 Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), 1996.
 MARCONDES, A. Júnior. A psicopedagogia no Brasil. Porto Alegre: Artmed, 2000.
 MANTOAN, Maria Teresa Eglér. Mobilidade, comunicação e educação: desafios à acessibilidade. Rio de Janeiro: WVA Editora, 1999.
 SANTOS, L. C. P. Dilemas e perspectivas na relação entre ensino e pesquisa. Campinas: Papirus, 2004.
 SASSAKI, Romeu K. Inclusão: construindo uma sociedade para todos. Rio de Janeiro: WVA Editora, 1999.

[1]Formada em Pedagogia e Pós-Graduada em Psicopedagogia.

APRENDIZAGEM COMO DIREITO NA PRÓPRIA FORMAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS



APRENDIZAGEM COMO DIREITO NA PRÓPRIA FORMAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
DESCOVI, Tereza do Carmo Sampaio[1]

RESUMO: Há décadas, buscam-se métodos e práticas educativas adequadas à realidade cultural e ao nível de subjetividade dos jovens e adultos. Esta pesquisa busca investigar as práticas pedagógicas utilizadas nas primeiras séries níveis um e dois de duas escolas públicas do Município de Petrópolis, a fim de verificar sua adequação ao contexto dos alunos. Os estudos perpassam a história e o parâmetro legal da Educação de Jovens e Adultos e se fundamentam com Freire em Educação e Mudança (1979) e A experiência do MOVA (1996), Fuck em Alfabetização de Adultos (1994) e Ferreiro em Reflexões sobre alfabetização (2001), que possibilitam um conhecimento teórico da prática pedagógica de jovens e adultos. Portanto, esse estudo contribuirá para um repensar do educador que atua nas classes da Educação de Jovens e Adultos, fazendo-o refletir sobre sua prática pedagógica, para que ajude na formação de cidadãos cônscios de seu papel na sociedade.
 Palavras-chaves: jovem e adulto; práticas pedagógicas; cidadão.

SUMMARY: There are decades, methods and appropriate educational practices are looked for the cultural reality and the level of the youths' subjectivity and adults. This research search to investigate the pedagogic practices used in the first series levels an and two of two public schools of the Municipal district of Petrópolis, in order to verify your adaptation to the students' context. The studies perpassam the history and the legal parameter of the Education of Youths and Adults and they are based with Freire in Education and Change (1979) and the experience of the it MOVES (1996), Fuck in Literacy of Adults (1994) and Blacksmith in Reflections about literacy (2001), that make possible a theoretical knowledge of the youths' pedagogic practice and adults. Therefore, that study will contribute to a to rethink of the educator that it acts in the classes of the Education of Youths and Adults, making him to contemplate on your pedagogic practice, so that it helps in the conscious citizens' of your role formation in the society. 
 Word-keys: young and adult; pedagogic practices; citizen. 

 INTRODUÇÃO
 A origem de um problema de aprendizagem pode ser multicausal, podendo estar no educando ou em seu ambiente. Assim, estar alerta é dever do educador, tanto ao contexto social do educando, quanto aos métodos e didáticas empregadas a este, pelo fato de observações durante o Estágio Supervisionado I que mostraram a necessidade de um trabalho que incentive a “arte” entre os educandos.
Dessa forma, este artigo torna-se de grande importância, partindo da constatação que “jovens e adultos” já vem com uma vivência social, que muitas vezes, é desigual e que os excluem. Tais dificuldades como abandonar o que já sabem para iniciar o “novo” podem interferir no processo ensino-aprendizagem, mostrando pontos negativos, principalmente, ressaltado pontos positivos dentro dessa modalidade de educação que é oferecida aos mesmos.
Um outro ponto que também nos chamou a atenção é o desenvolvimento cultural desses alunos no processo formador, pois como afirma Amaral (GRAMSCI apud AMARAL, 1976) é necessário saber situar-se historicamente no contexto sem perder de vista a consciência crítica. Na medida em que o processo formativo vai se concretizando, o relacionamento “educador-educando”, “educador-cultura” local, “educador-ato” “político de educar”, em outros, vai estruturando o compromisso assumido no ato formativo que deve estar compromissado com os anseios tanto de quem educa como o de quem é educado.
 
A ESCOLA COMO INSTRUMENTALIZADORA NA PREPARAÇÃO DO JOVEM E DO ADULTO
 Não se pode deixar passar despercebido à função da escola como instrumentalizadora na preparação e na elaboração de uma proposta de formação de seus intelectuais para os diversos níveis, assim, há necessidade de se prestar igual atendimento à qualidade, como à quantidade na formação do educador (GRAMSCI apud AMARAL, 1976).
O Brasil, inserido economicamente nos moldes do modo de produção capitalista e politicamente pela democracia burguesa trás em sua Constituição da República Federativa, art. 205, que: “A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando o pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”. Desta forma pretende-se verificar se o ensino de artes na educação de jovens e adultos, esta despertando o interesse para o entendimento e crescimento intelectual dos educandos.
Aprendeu-se com este estudo às habilidades e diferenças, ritmos de aprendizagem, entre outros sobre uma análise de métodos e didáticas aplicadas em sala de aula, em relação à importância de vencer barreiras na disciplina de Artes, na educação de jovens e adultos. Para tanto, buscou-se especificamente identificar as abordagens e/ou enfoques teóricos que orientam a pratica do ensino de artes na EJA.
A Educação de Jovens e Adultos (EJA) é o segmento de ensino da rede escolar pública brasileira que recebe os jovens e adultos que não completaram os anos da Educação Básica em idade apropriada, devido a necessidade de ter que trabalhar para ajudar a família a sustentar a casa e querem voltar a estudar. No início dos anos 90, o segmento da EJA passou a incluir também as classes de alfabetização inicial.
A educação popular,como tambem é conhecida a EJA,supera as relações estabelecidas tradicionalmente, em que apenas um ensina - o professor. Aqui educadores e educando estão numa perspectiva horizontal em que um ensina ao outro e o outro ao aprender tambem ensina, tendo um diálogo como articulador das ações de ensinar e aprender.
Desta forma, a Educação de Jovens e Adultos ganhou importância a partir de 1932 com a Cruzada Nacional de Educação,em 1967 foi criado o programa mais importante o MOBRAL - Movimento Brasileiro de Alfabetização, que em 1981 foi substítuido pela Fundação EDUCAR, em 1990, o governo lançou o PROGRAMA NACIONAL DE ALFABETIZAÇÃO, praticamente sem resultados (BORGES, 2004 apud QUEIROZ, 2004 ).
O desafio imposto para a EJA na atualidade se constitui em reconhecer o direito do jovem e do adulto de serem sujeitos, buscando novas metodologias, investindo na formação de professores e renovando os curriculos.
Freire começou a experimentar essa nova concepção na alfabetização, no círculo cultural que ele mesmo coordenava como monitor e cujos membros conhecia pessoalmente. Freire relata que na 21ª hora de alfabetização, um participante era capaz de ler artigos simples de jornal e escrever sentenças curtas. Os slides, particularmente, criavam grande interesse e contribuíam para a motivação dos participantes. Depois de 30 horas (sendo uma hora por dia, durante cinco dias da semana) a experiência foi concluída. Três participantes tinham aprendido a ler e escrever. Podiam ler textos curtos e jornais e escrever cartas. Dois participantes evadiram-se.
Assim, nasceu o “é todo Paulo Freire de Alfabetização”. Na sua aplicação na cidade de Diadema (SP), nos anos de 1983-86 e, parcialmente, na tão discutida estrutura do MOVA-SP na cidade de São Paulo (1989-92), durante a "administração Freire" na Secretaria Municipal de Educação, os vários passos do método permaneceram os mesmos, embora houvesse mudanças na ordem e no conteúdo, de acordo com a situação sócio-econômica dos vários locais de alfabetização.
O sistema educacional e a filosofia da educação de Freire têm suas referências em uma miríade de correntes filosóficas, tais como Fenomenologia, Existencialismo, Personalismo Cristão, Marxismo Humanista e Hegelianismo, cujo detalhado enfoque ultrapassaria os limites desse perfil. Ele participou da importação de doutrinas e idéias européias para o Brasil, assimilando-os às necessidades de uma situação sócio-econômica específica e, dessa forma, expandindo-as e refocalizando-as em um modo de pensar provocativo, mesmo para os pensadores e intelectuais europeus e norte-americanos.
Sabe-se que na alfabetização dos alunos, o êxito foi parcial, não só se refere às dificuldades das condições individuais de aprendizagens da população, mas também pelas O pensamento de Paulo Freire está também no trabalho de Dalpias, que privilegia as categorias ideologia e conscientização, por entender que a educação só estará comprometida com um projeto de transformação da sociedade, quando apresentada como proposta de trabalho que possibilite a geração da contra-ideologia através do desvelamento da realidade.
A sala de aula é o lugar ideal para análise dos conhecimentos transmitidos pelas escolas, e a realidade socioeconômica e política. Através de trabalhos participativos pode avançar no processo da conscientização, e os professores e alunos passam a ter uma visão menos ideológica do mundo, das relações sociais que determinam e influência.
Todos possam a ter compromisso com o trabalho, e o ato educativo supera a grandeza da sala de aula e assume um compromisso com a classe popular diminuindo o fracasso e a exclusão escolar. Análise feita sobre o projeto de alfabetização e pós-alfabetização de Jovens e Adultos da Universidade Federal de Pelotas RS, procurou compreender quais as contribuições e os limites da categoria conscientizadora e também procurou apresentar alternativas à formação do educador envolvido com esse tema e com as competências necessárias para a atuação com adultos analfabetos.

CONCLUSÃO
 Conclui-se que: “A Importância da E.J.A.”, está relacionada a vários fatores, sendo um dos principais a falta de escolas para trabalhadores rurais, e para aqueles que não tiveram acesso a escolaridade por um motivo justo. Atrasando-os a terem um conhecimento desejado por muitos, mas sem expectativas.
A Educação de Jovens e Adultos veio para sanar essas dificuldades fazendo com que a maioria pudesse ter oportunidade de realizar os seus sonhos e objetivos. Ao ler a apostila Educação de Jovens e Adultos no Brasil, percebi que ela se refere à idéia de vários pensadores, estudiosos e autores.
Uns aderem a Paulo Freire, outros contradizem. Podemos afirmar, que os contextos, analises e as afirmações Freireanas, tem um papel fundamental sobre a “Educação de Jovens e Adultos”. As indicações apresentadas pretendem contribuir para o objetivo de analisar as práticas pedagógicas da Educação de Jovens e Adultos. Faltam, porém, estudos aprofundados na pedagogia freireanas aos estudos da E.J.A.

 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
 AMARAL, A. Artes plásticas na Semana de 22. São Paulo: Perspectiva, 1976.
 BRASIL. MEC. Lei de Diretrizes e Bases da Educação. Disponível em: . Acesso em: 18 de setembro de 2009, às 15: h.
 CARNEIRO, Moacir Alves. LDB fácil: Leitura crítico-compreensivo: artigo a artigo. Petrópolis: Vozes, 1998.
 FREIRE, Paulo. Educação e mudança. Tradução de Moacir Gadotti e Lillian Lopes Martin. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979.
 ______. A experiência do MOVA. SP/ Brasil. Ministério da Educação e Desporto. Instituto Paulo Freire; Organização de Moacir Gadotti. São Paulo, 1996.
 HADDAD, Sérgio. Educação de Jovens e Adultos. Brasília, 2002
 QUEIROZ, Raquel. Interdisciplinaridade. São Paulo: SP, 2004.

[1] Formada em Pedagogia e Pós-Graduada em Psicopedagogia.

UM OLHAR PARA A INCLUSÃO COM FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO ESPECIAL



UM OLHAR PARA A INCLUSÃO COM FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO ESPECIAL
DESCOVI, Tereza do Carmo Sampaio[1]
 RESUMO: O artigo traz uma análise sobre fundamentos da educação especial em uma visão histórica da deficiência, focando a família como primeira base para o preparo para “o conviver social”; também, enfoca a educação inclusiva como direito da criança e adolescente que estão excluídos por serem portadores de deficiência. Concluindo com a visão ética como contexto para se garantir a educação especial para todo ser humano que dela necessite.
 Palavras-chaves: educação; direito; inclusão.

SUMMARY: The article brings an analysis on foundations of the special education in a historical vision of the deficiency, focando the family as first base for the preparation for “living together social "; also, it focuses the inclusive education as the child's right and adolescent that are excluded for they be deficiency bearers. Ending with the ethical vision as context to guarantee the special education for every human being that needs her. 
 Word-keys: education; right; inclusion.

INTRODUÇÃO
 Nota-se o enfrentamento, do indivíduo, quanto às desigualdades sociais existentes, tais desigualdades que aumentam a carência da criança e do adolescente no Brasil. Carência esta, inclusive, quanto à falta de pai ou de mãe e principalmente que sofre o preconceito por ser um portador de deficiência. Assim, se forma uma sociedade que é resultado de um processo histórico, onde o modelo capitalista faz separações, envolvendo o padrão de vida do indivíduo como forma de camada social. Neste contexto, está à criança ou adolescente que é a maior vítima pelo fato de pouco poder de luta.
Entende-se que é no seio da família que o ser humano pode chegar a completar o complicado processo da socialização, o aprendizado que ele realiza permitirá adquirir os valores de seu grupo e aprender as funções sociais que transferirá as novas situações grupais, pois, não se pode construir uma sociedade mentalmente sã se a família não sente-se preparada para atuar diante da sociedade (VILLARREAL, 1998, p. 32). Assim, a criança ou adolescente vista dentro da camada social existente deve ser amparada pelo Estado, quanto à prioridade às famílias, e desta o que preconiza o ECA[2] em referência às crianças e os adolescentes.
 FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO ESPECIAL TENDO BASE A “DEFICIÊNCIA”
 Podemos considerar o século XVI como a época em que se iniciou a educação deficientes, antes disso estes eram encaminhados aos asilos, onde permaneciam sem atenção e sobrevivendo às custas da caridade pública. Foi com a Revolução Francesa que surgiu um novo período onde as atitudes filosóficas e antropológicas se conjugaram em uma visão mais humana sobre a pessoa com deficiência.
Em Kirg e Gallagher(1987, p.5 e 6) encontramos uma síntese bastante reveladora a respeito de como eram tratados as pessoas com deficiência na pré-história.
Ao examinarmos a história, verificamos que o conceito geral de se educar a criança até os limites de sua capacidade é relativamente novo. O uso atual do termo excepcional, em si mesmo, um reflexo das mudanças radicais dos pontos de vista da sociedade em relação àqueles que se desviam da norma. Progredimos bastante lentamente, desde a época espartana, quando se matavam os bebês deficientes ou deformados.
Historicamente podem ser reconhecidos quatro estágios de desenvolvimento das atitudes em relação às crianças anteriormente chamadas de excepcionais. Primeiramente, na era pré- cristã, tendia-se a negligenciar e a maltratar os deficientes. Num segundo estágio, com a difusão do cristianismo, passou- se a protegê-los e compadecer-se deles. Período que compreende os séculos XVIII e XIX, foram fundadas instituições para oferecer-lhes um educação à parte. Finalmente, na última parte do século XX, observa-se um movimento que tende a aceitar as pessoas com deficiência e a integrá-las, tanto quanto possível.
Podemos perceber que em épocas passadas as pessoas com deficiência, independentemente de qual fosse à deficiência passaram por diversas dificuldades. Estes eram colocados entre os demais deficientes, recebendo designações pejorativas como coxo, aleijado, e assim por diante.
O período anterior ao advento e desenvolvimento da sociedade moderna é considerado como um longo período de transformações, onde percebeu-se que estas atitudes com os deficientes eram de maus-tratos e piedade. Já na sociedade atual são oferecidas oportunidades educacionais e de integração social as pessoas com deficiência.
Podemos considerar que somente nos dias de hoje, as pessoas com deficiência estão tendo oportunidades de ocupar uma posição na sociedade, fazendo cumprir os direitos historicamente conquistados.
É importante considerar que uma definição se faz necessário, em nível geral, sobre a palavra “deficiência”. Se esta definição for de uma consulta em um dicionário pode-se entender como sendo “falta, defeito, falha”; e para melhor esclarecer pode-se acrescentar que com referência a palavra “deficiente” se encontra “falho, incompleto” (AURÉLIO, 2000), o que nos leva a concluir que deficiente é aquele que tem uma falha, um defeito no corpo, na mente ou no organismo.
No Brasil considera-se uma pessoa com deficiência aquela que se enquadra nas categorias de deficiências físicas, auditiva, visual, mental e múltipla, conforme apresentado no Decreto nº. 3298 de 20 de dezembro de 1999 (BRASIL, 2001).
Segundo Sassaki (1997, p. 27), em âmbito geral pode se dizer que a “pessoa com deficiência” é a que apresenta significativas diferenças físicas, sensoriais ou intelectuais em comparação às outras; que apresenta caráter permanente e que acarretam dificuldades em sua interação com o meio físico e social, decorrentes de fatores inatos e/ou adquiridos.
De acordo com o autor Marcondes (1992, p. 28) pode-se ver a deficiência como sendo falta e deficiente é como aquele que tem uma falha, incompleto, imperfeito, onde se pode concluir que deficiente é aquele que possui uma falha, um defeito no corpo, na mente ou no organismo de uma pessoa. Coloca-nos ainda que a deficiência no sentido mais genérico, não só do seu portador é considerada no sentido maior, engloba não só o que o indivíduo traz de desvantagens, como o que a sociedade traz em si mesmo, em incompetência.
Logo, entende-se que deficiência diz respeito às seqüelas resultantes de um impedimento que venha restringir a execução de uma ou mais atividades consideradas normais às pessoas, o que pode gerar a “incapacidade” que acontece quando, em virtude de uma deficiência, a pessoa se torna impossibilitada de viver integrada ao seu meio considerando a idade, sexo, fatores sociais e culturais.
Outro problema que se pode levantar a respeito destas conceituações é que num país subdesenvolvido a deficiência, no seu sentido mais amplo, se confunde em muito com incapacidade, devido às condições encontradas pelos deficientes na sua tentativa de se integrar ao meio. Isto posto, pode se afirmar, que uma deficiência é antes de qualquer definição, genérica ou específica, um drama para quem, por ventura, venha a ser portador ou mesmo para seus familiares e amigos, pois, por mínima que seja ela impedira alguma atividade considerada corriqueira para qualquer pessoa (MOURA, 1992, p. 02).
Vale ressaltar que os diversos tipos de deficiência só se tornam de fato um problema quando não tratados com eficiência, e que uma condição de aparente normalidade pode se tornar uma deficiência, se o individuo sentir-se incapaz de realizar as coriqueiras atividades durante o seu dia-a-dia.
Surkhein (2001, p. 19), nos ensina que “O ser humano é um ser gregário e apegado por natureza, isto é, vive em grupo familiar, profissional e outros”, assim, faz da visão do grupo a que pertence sua baliza de atuação e é ela que determina suas ações e reações. É a visão de grupo sobre sua pessoa que determina a formação de sua auto-imagem, com a qual irá atuar no cenário da vida, de acordo com os papéis sociais.
No entanto, nas famílias hoje, como se pode notar cada vez mais, há a preocupação dos pais com o bem estar de seus filhos, considerando essa família como primeiro grupo social, e por onde serão desenvolvidos todos os meios de construção de sua identidade pessoal e social, o que vem formando-se no que diz respeito à criação dos filhos, com mais confiança, respeito e autonomia.
Enfatiza Massini (2002, p. 46) que “a sociedade tem uma enorme responsabilidade na interação das pessoas deficientes, podendo facilitar ou dificultar o processo social e educacional”. Assim, os aspectos da sociedade e da família atuando em conjunto na formação desses indivíduos, trazem grande influência para seu desenvolvimento, podendo ser válido ou não, isto dependendo de como são tratadas as pessoas com deficiência.
Segundo a CNBB[3] (2005, p. 43), “quando nasce um filho com deficiência, ou por qualquer circunstância um filho se torna deficiente, os pais se sentem socialmente desvalorizados e marginalizados.” A partir daí, são gerados vários questionamentos, a exemplo de como proceder com aquele filho e como criá-lo. Muitas são as interrogações que vagam pela mente dos pais, deixando-os confusos e sem direção aparente.
Assim, Parolin (2003, p. 15) afirma que “Ninguém nasce pai ou mãe. Aprende-se a ser pai e mãe, com nossos exemplos sociais e com cada filho e em cada situação”. É nesse formar e ser formado que os pais vão adquirindo conhecimentos específicos para a criação dos seus filhos. Segundo Silva (2006, p. 25) “Na realidade alguns pais não estão preparados para serem pais de filhos normais, e muito menos de filhos com alguma deficiência”.
Ao se pensar em família atualmente, podemos considerar que diversas mudanças ocorreram em nossa sociedade, pois houve a construção de novas relações humanas e a forma como as pessoas estão cuidando de seus familiares. Percebemos então que os papéis da família não podem ser vistos isoladamente. As mudanças que ocorrem no mundo afetam a família como um todo e de forma particular cada família, conforme sua composição histórica e grupo social.

CONCLUSÃO
 Precisa-se fomentar o exercício da ética dentro da nossa sociedade; buscar caminhos para solucionar os problemas existentes nesta sociedade; deixar de lado preconceitos velados há tantos anos; construir uma sociedade verdadeiramente democrática, na qual todos são iguais em direitos e deveres; desfazer a discriminação e a exclusão social com a valorização do “ser humano”. Logo, se vê a necessidade de atitudes como o valor a todos, independentemente, da condição em que se encontra; compartilhar amor; adotar práticas de solidariedade e justiça; desenvolver consciência de que mudanças são necessárias e urgentes; construir um futuro de esperança seja, em qualquer fase da vida, inclusive, quando “criança abandonada”.
É urgente pensar em nossa felicidade, enquanto sociedade! Assim, adotar atitudes de repúdio ao “abandono social do respeito pelo próximo” em que vivemos se faz necessário. Talvez, pelo fato de se ter a visão do simples, onde se enxerga o complicado, seja um início de caminho. É preciso, simultaneamente um trabalho de conscientização sobre a importância da aceitação do portador de deficiência como ser que tem todos os direitos reservados como qualquer outro cidadão em um entendimento de que as dificuldades que ocorrem são inúmeras, porém que não são invencíveis .
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
 AMARAL, Lígia Assumpção. Conhecendo a deficiência. São Paulo: SP, 1995.
 Constituição Federativa do Brasil. Brasília: DF, 1988.
MOURA, Luís Celso Marcondes. A deficiência nossa de cada dia. São Paulo, 1992.
 MURAHOUSCHI J. Pediatria: diagnóstico mais tratamento. 6ª ed. São Paulo (SP): Sarvier; 2003.
 POCHEMANN, Márcio. Sistema Único de Inclusão Social. São Paulo: SP, 2006.
 TUNES, Elizabeth. Cadê a Síndrome de Down que estava aqui? O gato comeu. São Paulo, 2001.
www.padariamoderna.com.br/revistas/ Páginas Semelhantes - acessado em 11 de agosto de 2009, às 16:00h.

[1]Formada em Pedagogia e Pós-Graduada em Psicopedagogia.
[2] Estatuto da Criança e do Adolescente.
[3] Conferência Nacional dos Bispos do Brasil

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

II Mostra de Ciências

            A Escola Estadual Professora Lígia Terezinha Martins realizou nesta segunda-feira (05/11) a II Mostra de Projetos de Ciências, com o Tema: “Planeta Sustentável: Faça sua Parte", com a participação dos professores, coordenação pedagógica, coordenação de área e direção.
 
            Os trabalhos apresentados foram realizados pelos alunos com orientações dos professores, atendendo todas as áreas de conhecimento através de atividades interdisciplinares. Foram apresentadas propostas diversificadas para a reutilização e uso consciente dos recursos naturais. O projeto começou a ser desenvolvido desde o início do ano letivo com atividades variadas, palestras e o passeio ciclístico sobre a conscientização ambiental.
 
 
           A Mostra foi aberta para visitação aos alunos e a comunidade local, e na oportunidade estiveram presentes técnicos da SED, que prestigiaram os trabalhos desenvolvidos pelos alunos.
 
 
             Através de atividades diversificadas a escola busca desenvolver nos alunos noções de valores e respeito, promovendo uma educação de qualidade, visando a formação de um aluno ético e participativo no seu meio social.
 
 
 
 
 
 

LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTO: FÁBULAS


A produção de texto é uma habilidade essencial na disciplina de Língua Portuguesa. Contudo, para que as metas estabelecidas pelo professor sejam alcançadas quanto a essa atividade, é importante que o aluno compreenda o tipo de texto estudado – e isso deve acontecer de maneira a despertar o interesse da criança. Pensando nisso, foi trabalhado o texto “fábula”, no 6° ano C, da seguinte forma:
Primeiro, a professora levou os alunos à sala de tecnologia da escola e passou, por meio de data show, a fábula “O pavão e o hipopótamo” (elaborada pela própria professora, esse texto aborda a temática do preconceito). A fábula foi organizada em modo power point, mesclando texto e imagens (o que torna a história muito mais atrativa aos olhos da criança). Depois, os alunos realizaram a leitura de outras fábulas – fazendo, posteriormente, a discussão sobre o conteúdo dos textos. Em seguida, foram observadas as características desse tipo de texto.
Para o momento da produção de texto, a professora combinou com os alunos a elaboração de um livrinho de fábulas da turma (explicando como ele seria). Após todo o processo de produção textual (escrita, correção e reescrita dos textos) as fábulas foram digitadas e cada aluno fez um desenho para ilustrar sua fábula. Por fim, foi confeccionado o livrinho de fábulas. Os alunos adoraram! O resultado você pode observar nas fotos.

ATIVIDADE – MUDANÇA

Atividade desenvolvida pela professora Eliane na disciplina de Ensino Religioso, com a turma do 6° ano C.

 A Educação Religiosa deve ser uma disciplina importante na construção dos valores da criança. A mudança de comportamento, por exemplo, é uma cidadania importantíssima na busca por uma cidadania verdadeira no futuro e pode ser aprendida pelo aluno por meio de atividades simples e divertidas.
            Veja, a seguir, o passo a passo para a atividade “Mudança”,
            - Fazer alguns moldes de óculos (vários moldes diferentes);
            - Formar grupos de três ou quatro alunos na sala de aula;
            - Disponibilizar a cada grupo papel cartão e alguns moldes de óculos;
            - Cada grupo irá confeccionar seus óculos. Depois, cada aluno deverá pintar e personalizar seu óculos segundo sua preferência.
            Após a etapa de produção dos óculos, a professora deverá ler aos seus alunos o poema “Mudança” (Clarice Lispector).
            Por fim, fazer a discussão sobre o poema, isto é, sobre a necessidade de adotarmos novas atitudes e/ou posturas para que sejamos pessoas melhores,
            OBS: Pedir para que os alunos observem a própria mudança ao colocar o óculos. Também podem trocar os óculos entre eles.
 

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

UM OLHAR PARA A EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO CONTEXTO SUSTENTÁVEL

UM OLHAR PARA A EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO CONTEXTO SUSTENTÁVEL

NEVES, Maria Júlia[1]

Este artigo tem por objetivo refletir sobre a educação Ambiental como forma de entendimento da necessidade do contexto sustentável. Neste sentido, sabe-se que o Brasil está entre os maiores consumidores do mundo, tanto os de uso agrícola, como os domésticos (domissanitários), sendo que no início da década de 60, quando da imposição do governo brasileiro; o agricultor só conseguia financiamento bancário para sua plantação se comprasse o adubo e o agrotóxico. O que o governo pretendia com isso era seguir o modelo europeu para o combate a fome que se instalou no pós-guerra e que se intitulou “Revolução Verde”.
                   Ressalta-se que, hoje, enquanto alguns países, principalmente da Europa, tentam reverter o duro quadro de degradação ambiental e contaminação dos alimentos, no Brasil a situação se agrava a cada ano. Sabendo que a sustentabilidade é o caminho para sobrevivência do Planeta Terra e, que o desenvolvimento sustentável mostra que o homem tem que agir de maneira comunitária para que não comprometa o uso de recursos disponíveis e nem de futuras gerações. Assim, é importante repensar ações diárias no contexto da sustentabilidade como garantia de saúde ao trabalhador, para todos, refletindo assim, em saúde social. Este estudo pode contribuir como mais uma literatura disponível para que todos se sensibilizem quanto ao tema.
                Para tanto, pode-se compreender o desenvolvimento sustentável como o acordo historicamente possível, naquele momento, entre dois grupos: os interessados em proteção ambiental e os preocupados em promover uma agenda de desenvolvimento social. Confrontando-se com os grandes interesses econômicos, eles buscavam encontrar uma solução integrada de duas crises simultâneas e que se reforçam mutuamente: a crise de desenvolvimento social global, e a crise ambiental global.
                Nesta contemporaneidade, a expressão “desenvolvimento sustentável” vem sendo usada por muitos atores sociais, que lhe atribuem diversos significados diferentes, de acordo com seus interesses: é importante que cada um esclareça do quê está falando. Por isto, são cunhadas outras expressões que retiram a palavra desenvolvimento, como “sociedade sustentável”, “sustentabilidade social”, pelos motivos que veremos a seguir.
               Segundo Szabo (2006), o termo sustentabilidade surge em um mundo de crescente pressão populacional, essa pressão populacional vem acompanhada por expansão da pobreza; aumento dos conflitos; aceleração das alterações climáticas; escassez crescente de alimentos, energia, água; aumento da poluição do ar, da água e do solo, pelas atividades industriais, urbanas e agrícolas; contínua destruição da camada de ozônio; aumento do gás carbônico atmosférico; redução da biodiversidade.
               Faz-se necessário o planejamento para que se tenha sustentabilidade, pois o planejamento é uma atividade que envolve a intenção de estabelecer condições favoráveis para alcançar objetivos propostos. Ele tem por objetivo o aprovisionamento de facilidades e serviços para que uma comunidade atenda seus desejos e necessidades ou, então, o desenvolvimento de estratégias que permitam a uma organização comercial visualizar oportunidades de lucro em determinados segmentos do mercado (HARRY & SPINK, Apud RUSCHMANN, 1999, p. 83).
            Entende-se que o planejamento é um trabalho direcionado a alcançar os resultados pretendidos, e se bem elaborado, consegue solucionar e até evitara com eficiência os problemas. Durante o processo deve ser levado em consideração o bem estar da população residente e dos turistas, além da proteção e conservação do patrimônio natural (MARQUES, Apud RUSCHMANN, 2001).
Para Ruschmann (1999, p. 86):

[...] planejar é desenvolver os espaços e as atividades que atendam aos anseios das populações locais e dos turistas constitui as metas dos poderes públicos que, para implantá-los, vêem-se diante de dois objetivos conflitantes: o primeiro, que é o de prover oportunidade e acesso às experiências recreacionais ao maior número de pessoas possível, contrapões-se segundo, de proteger e evitar a descaracterização dos locais privilegiados pela natureza e do patrimônio cultural das comunidades.

 Isto porque o planejamento é uma atividade, não é algo estático, é um devir, um acontecer de muitos fatores concomitantes, que têm de ser coordenados para alcançar um objetivo que está em outro tempo. Sendo um processo dinâmico, é licita a permanente revisão, a correção de rumo, pois exige um repensar constante, mesmo após a concretização dos objetivos.
              Desta forma, é importante entender que é a ciência e a arte dedicadas à antecipação, reconhecimento, avaliação e controle de fatores e riscos ambientais originados nos postos de trabalho e que podem causar enfermidade, prejuízos para a saúde ou bem-estar dos trabalhadores também tendo em vista o possível impacto nas comunidades vizinhas e no meio ambiente em geral, logo, deve-se garantir o não prejuízo da saúde humana contextualizada no ambiente em que está inserida.
             Portanto, deve-se atuar nesse espaço, trazendo informações acerca da saúde ambiental e, consequentemente, humana. As atividades educativas sobre a saúde ambiental devem seguir os eixos da Promoção da Saúde descritos na Carta de Otawa (2001), permitindo o desenvolvimento de habilidades pessoais para fortalecer o reforço da ação comunitária numa articulação coletiva e rever a formulação de políticas públicas para a criação de ambientes saudáveis e livres de poluição.
            Assim, A maior virtude dessa abordagem é que, além da incorporação definitiva dos aspectos ecológicos no plano teórico, ela enfatiza a necessidade de inverter a tendência autodestrutiva dos processos de desenvolvimento no seu abuso contra a natureza (JACOBI, 1997).
           Neste sentido, a necessidade de abordar o tema da complexidade ambiental decorre da percepção sobre o incipiente processo de reflexão acerca das práticas existentes e das múltiplas possibilidades de, ao pensar a realidade de modo complexo, defini-la como uma nova racionalidade e um espaço onde se articulam natureza, técnica e cultura.
          Portanto, refletir sobre a complexidade ambiental abre uma estimulante oportunidade para compreender a gestação de novos atores sociais que se mobilizam para a apropriação da natureza, para um processo educativo articulado e compromissado com a sustentabilidade e a participação, apoiado numa lógica que privilegia o diálogo e a interdependência de diferentes áreas de saber faz parte da importância do entendimento quanto à responsabilidade do uso correto e consciente dos agrotóxicos.
 

 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 JACOBI, Pedro. Educação ambiental, cidadania e sustentabilidade. Ambiental: USP.
RUSCHANN, D. V. M. Turismo e planejamento sustentável: proteção ao meio ambiente. ed. 7. Campinas: SP – Papirus, 1999.
SZABO, L. Arquitetura no caminho da Sustentabilidade. 2006. Disponível em: www.iniciativasolvin.com.br/home/ladislao.pdf Acesso em 03/06/11.



[1] Professora do Ensino Fundamental – anos iniciais – Graduada em Pedagogia e Pós-Graduada em Pscopedagogia com foco em sala de aula.

Mostra de Artes

A escola realizou dia 25/10 a Mostra de Artes, apresntando aos alunos e a comunidade os trabalhos desenvolvidos pelos alunos na disciplina de Arte.
Os trabalhos contemplam técnicas variadas com desenhos, pinturas e colagens.

Parabéns aos professores na orientação e aos alunos pelos trabalhos desenvolvidos.